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sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Fluxo de refugiados não reduz com a proximidade do inverno

Foto:Arquivo
Durante as discussões quase sempre ásperas sobre a crise migratória neste verão no Hemisfério Norte, os políticos europeus pensaram que o fluxo de refugiados diminuiria nos meses de inverno. Nos anos anteriores, o número de pessoas que se aventuraram a cruzar o Mediterrâneo diminuiu junto com a queda da temperatura. Em 2014, o número de migrantes que chegaram de barco às praias do Mediterrâneo caiu em um terço entre setembro e outubro, quando a viagem ficou mais perigosa. Mas este ano, em outubro, aconteceu o oposto. Um recorde de 218.953 migrantes, um aumento de 27% em relação a setembro, desembarcaram nas praias mediterrâneas. Esses migrantes enfrentaram um mar agitado, hipotermia, o risco crescente de naufrágios e o enorme sofrimento causado pelas condições adversas de viagens no inverno. Então, por que o fluxo de migrantes que buscam refúgio na Europa aumentou, à medida que os dias estão cada vez mais frios e anoitece mais cedo? No ano passado, a maioria dos migrantes que buscou refúgio na Europa arriscou a vida em uma viagem perigosa de 300 quilômetros da Líbia a Lampedusa, uma ilha italiana no Mediterrâneo. Mas a viagem ficou ainda mais perigosa no inverno. Só 10% de refugiados fizeram a viagem em comparação com o mês de setembro anterior. A mesma situação está se repetindo este ano. Com o mar mais agitado e a escassez de barcos a chegada de migrantes na Itália diminuiu pela metade no último mês, com a entrada de só 8.500 pessoas no país (4% do total). 

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