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sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Temer sanciona projeto que torna crime hediondo posse ilegal de armas como fuzis

Foto: Divulgação/ G1 Pará

O presidente Michel Temer sancionou, nesta quinta-feira, um projeto que torna crime hediondo o porte e posse ilegal de armas de fogo de uso exclusivo das Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica), como fuzis. A medida foi tomada no mesmo dia que mais dois policiais foram mortos no Rio, entre eles o comandante do 3ºBOM (Méier).

A medida agrada ao prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, que esteve com Temer hoje em Brasília numa cerimônia, no Palácio do Planalto. O projeto aprovado é de autoria de Crivella, antes senador, e tramitava na Câmara desde 2015, quando foi aprovado pelo Senado.

A transformação em crime em hediondo vai aumentar, na prática, o cumprimento de pena. Primeiro porque obriga que o criminoso fique em regime fechado, o que não ocorre atualmente pelo fato de a punição ser de três a seis anos de prisão, permitindo que o detento já tenha logo o benefício do regime semiaberto.

Além disso, para a progressão de regime as regras são mais rigorosas. Hoje há a progressão de regime com o cumprimento de um sexto da pena. Ao virar crime hediondo, passa a se exigir 40% do cumprimento da pena para a progressão. As regras para criminosos reincidentes também são mais rígidas, perdendo-se direito a liberdade condicional, além de a progressão de regime só ocorrer após 60% da pena. Este tipo de crime também passa a ser inafiançável e não se pode conceder ao condenado os benefícios de anistia e indulto. Segundo Temer, ele sancionou o projeto, a pedido de Crivella, porque "é isso que aflige o povo do Rio de Janeiro".



Fonte: G1 Pará

terça-feira, 17 de outubro de 2017

'Se houver mudança na lei, mulheres serão prejudicadas', diz Maria da Penha

Foto: Divulgação/ G1
A farmacêutica Maria da Penha, 71 anos, que dá nome à lei de combate à violência doméstica, disse que no início viu com bons olhos o projeto que busca mudar o texto da legislação. Depois, ao se inteirar, afirmou que se preocupa com a mudança "inconstitucional" e pede que o presidente Michel Temer (PMDB) vete parcialmente o projeto. Entidades do judiciário e de direitos humanos também pediram o veto.
O Senado aprovou, na última terça-feira (10), o projeto que altera a Lei Maria da Penha ao permitir que delegados concedam medidas protetivas de urgência a vítimas da violência doméstica. Atualmente, apenas os juízes podem definir as medidas. 

“Eu me inteirei de que não pode haver confronto entre os poderes. E a questão da proteção tem que ser dada pelo poder judiciário. Então, eu estou realmente interessada de que essa polêmica seja resolvida, que o poder judiciário assuma seu papel, porque se houver uma mudança, com certeza vai prejudicar muitas mulheres. A lei vai ficar muito fragilizada”, disse.

Para Maria da Penha, pode haver o enfraquecimento da lei porque a defesa do autor do crime pode alegar inconstitucionalidade, por exemplo.

“Pode ser colocado pelo advogado que é inconstitucional aquela conduta. Porque a conduta é especifica do poder judiciário e é a polícia que está determinando essa punição”, afirma. 

Mais detalhes no site do G1