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sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Retrospectiva Pós-Eleição Presidencial

 27 de outubro até 29 de dezembro de 2014

Imagem: reprodução da internet

  • No dia seguinte à eleição, o Ministro da Fazenda Guido Mantega diz que vitória de Dilma mostra que a população aprova a política econômica adotada pelo governo.

  • Dois dias depois da eleição, Câmara derruba decreto bolivariano de Dilma que criaria conselhos populares em órgãos de administração pública. O decreto número 8.243/2014 foi criado sob o pretexto de instaurar a Política Nacional de Participação Social (PNPS) e o Sistema Nacional de Participação Social (SNPS). Mas, na prática, previa a implantação de conselhos populares, formados por integrantes de movimentos sociais, vinculados a órgãos públicos. A matéria instituía a participação de “integrantes da sociedade civil” em todos os órgãos da administração pública. Porém, ao trazer uma definição restritiva de sociedade civil, representava um assombroso ataque à democracia representativa e à igualdade dos cidadãos ao privilegiar grupos aliados ao governo.

  •  Três dias após reeleição de Dilma, Banco Central eleva juros básicos para 11,25%.

  • No dia 1 de novembro a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) reajusta em até 54,06% as contas de luz da região Norte do país.

  •  Manifestantes em São Paulo e Porto Alegre protestam contra o governo federal no dia 1 de novembro.

  • No dia 5 de novembro, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) anuncia que a população abaixo da linha de extrema pobreza aumentou. Esse foi o primeiro aumento desde 2003. Segundo o instituto, entre 2012 e 2013, houve um aumento de 3,68% no número de indivíduos que vivem na miséria – de 10.081.225 em 2012 para 10.452.383, ou seja, 371.158 pessoas entraram para o grupo de extrema pobreza em um ano.

  •  No dia 7 de novembro a Petrobras aumenta o preço da gasolina em 3% e do diesel em 5%.

  •  Às vésperas de deixar o Ministério da Fazenda, o ministro Guido Mantega, em um seminário em São Paulo realizado no dia 7 de novembro, muda discurso e diz que 2015 será um ano de ajustes de custos, com redução de gastos com seguro desemprego,  abono-salarial, auxílio doença e redução de estímulos dados a financiamentos.

  •  No dia 15 de novembro as manifestações se espalham pelas outras capitais e pedem o impeachment de Dilma.

  •  No dia 29 de novembro acontecem novas manifestações nas capitais e em cidades interioranas pedindo o impeachment de Dilma.

  • No dia 14 de dezembro uma brasileira vira refém de terrorista do Estado Islâmico em um café em Sydney, na Austrália. Após 16 horas de sequestro, a polícia invadiu o café e efetuou diversos disparos. Três pessoas morreram, entre elas o atirador, e seis ficaram feridas. Nem o Itamaraty e nem a presidente Dilma se pronunciaram a respeito do caso.

  •  No dia 17 de dezembro a UEPA cede à pressão do Ministério da Educação (MEC) e anuncia que adotará em 2015 o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM).

  • No dia 25 de dezembro é divulgado um estudo da Thomson Reuters que aponta a Petrobras como uma das 20 companhias que mais liberam gases causadores do efeito estufa na atmosfera. O estudo contabilizou as emissões de poluentes das 500 maiores empresas do planeta em 2013 e a Petrobras aparece como a única empresa brasileira na lista.

  • No dia 27 de dezembro a presidente Dilma é citada em ação impetrada contra a Petrobras nos Estados Unidos. Ela foi listada por ter assinado prospectos que basearam emissões da empresa. A ação coletiva impetrada contra a Petrobras nos Estados Unidos pela cidade de Providence, capital do estado de Rhode Island, cita a presidente Dilma Rousseff, além de outras 11 autoridades do setor público e privado, na condição de "pessoas de interesse". Na lista, estão ex-integrantes do conselho de administração da estatal e autoridades - o empresário Jorge Gerdau; o presidente do Grupo Abril, Fábio Barbosa; o ministro da Fazenda Guido Mantega; o ex-presidente da Petrobras Sérgio Gabrielli; o presidente do BNDES Luciano Coutinho; a ministra do Planejamento, Miriam Belchior; os ex-ministros das Minas e Energia Silas Rondeau e Márcio Zimmermann; o ex-presidente do TCU Sérgio Quintella; além do general Francisco Roberto de Albuquerque e de Marcos Antonio Menezes, do Instituto Brasileiro de Petróleo.


  •  No dia 29 de dezembro o governo federal anuncia corte de R$ 18 bilhões em benefícios trabalhistas. As mudanças envolvem regras para concessão de abono salarial, seguro-desemprego, pensão por morte e auxílio-doença. Entre as medidas de maior impacto está a alteração no cálculo do valor da pensão da viúva ou do viúvo, que cairá pela metade, sendo acrescida de 10% por filhos dependentes, até o limite de 100%. Além disso, assim que os filhos forem completando a maioridade, as quotas relativas a eles serão suspensas, sem reverter para o pensionista. Atualmente, o benefício é integral, vitalício e independente do número de beneficiários.



* Levantamento realizado pela página Direita Paraense

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