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quarta-feira, 25 de março de 2015

Câmara pode ter ‘guerra’ sobre aborto

Foto:Reproducao Internet
 Quase dois meses após o presidente da Câmara, o evangélico Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ter afirmado que se negaria a colocar em votação matérias que tratem da legalização do aborto, o deputado federal Jean Wyllys (PSOL) apresentou nesta terça-feira, 24, um projeto que garante às mulheres o direito de interromperem no SUS a gravidez de até 12 semanas. De acordo com Jean Wyllys, o projeto, que terá que ser analisado pelas comissões da Câmara antes de seguir para votação, garante à mulher o direito de decidir sobre o seu corpo. O deputado ressaltou ainda que são realizados entre 729 mil e 1 milhão de abordos de forma clandestina e insegura no Brasil. O aborto é permitido atualmente no país apenas em casos de estupro, risco de vida para a mãe ou de fetos com anencefalia. O fato é que o projeto de lei deve causar polêmica e enfrentar resistências, principalmente por parte da bancada religiosa do Congresso. Eduardo Cunha disse recentemente que mudanças na legislação sobre aborto só seriam votadas por cima do seu cadáver, ressaltando ainda que não iria pautar esse tipo de matéria “nem que a vaca tussa”. Em referência às declarações de Cunha, o deputado Jean Wyllys afirmou que passará sobre a “arrogância” do presidente da Câmara, e que “a lei é para que o Congresso não passe por cima do cadáver de milhares de mulheres que abortam clandestinamente em açougues e morrem todos os dias”. O projeto de lei apresentado nesta terça também prevê a criação de políticas públicas para educação sexual e dos direitos reprodutivos e sexuais. 







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