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Foto: Facebook |
Diego morreu por ser quem ele era e por estar dentro do
Fundão”. A afirmação de Pérola Gonçalves, melhor amiga de Diego Vieira Machado,
resume o cenário em que o estudante de 29 anos da UFRJ foi assassinado: um
campus com amplo histórico de violência, em que grupos conservadores espalham
preconceito e no qual o jovem denunciou, há dois meses, um ataque homofóbico.
Gay, negro e bolsista, ele sofria ameaças, como disseram testemunhas ouvidas
ontem na Divisão de Homicídios, que já tem quatro suspeitos do assassinato do
aluno de letras.
“Entre eles, há estudantes da universidade. A principal linha
de investigação é assassinato por homofobia”, disse Fábio Cardoso, delegado
responsável pelo caso.
Tudo fazia com que Diego se sentisse um alvo. A ponto
de, no último contato com a família, do Pará, ter pedido ajuda financeira para sair
do alojamento onde morava. “Sabíamos que havia algo errado, porque ele nunca
pedia dinheiro, vivia com pouco. Eu depositaria R$ 300 para ele no dia 20, mas
não deu tempo” contou sua tia, Edna Vieira Machado.
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