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quinta-feira, 16 de junho de 2016

Peemedebistas lideram o "ranking" do suborno


Sérgio Machado. Foto: Correio Braziliense

O ex-presidente da Transpetro (Petrobras Transporte S.A) Sérgio Machado afirmou a investigadores da Operação Lava Jato, em depoimentos de delação premiada, ter repassado propina a mais de 20 políticos de 8 partidos. O novo delator da Lava Jato contou à Procuradoria Geral da República (PGR) sobre pedidos de doações eleitorais de parlamentares de PMDB, PT, PP, PSB, PDT, DEM, PSDB e PC do B. As propinas de R$ 109 milhões beneficiaram principalmente PMDB, fruto de recursos desviados da estatal. 

O PMDB, que bancou a indicação do ex-senador para o cargo de 2003 a 2015, ficou com 95% dos valores, segundo levantamento do Correio com base nas afirmações do colaborador: R$ 104 milhões. 

Segundo Machado, o presidente interino, Michel Temer, obteve R$ 1,5 milhão em benefício da campanha eleitoral do ex-correligionário Gabriel Chalita para a Prefeitura de São Paulo, em 2012. Mas o dinheiro ainda abasteceu, por meio de doações de campanha ou pagamentos em espécie, políticos de PSDB, PT, DEM, PSB, PP, PCdoB e PDT. O senador Aécio Neves (PSDB-MG) obteve R$ 1 milhão, de acordo com o delator, como parte de um esquema montado por ambos entre 1998 e 2000. 

Todos os políticos que se manifestaram negaram as acusações ontem. O acordo, que pode reduzir eventuais penas de Machado, em caso de condenação, foi homologado pelo ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). Na delação, ele se comprometeu a devolver aos cofres públicos R$ 75 milhões que teria recebido de propina enquanto comandou a estatal, de 2003 a 2014. Parte menor do valor, de R$ 10 milhões, deverá ser pago até o fim deste mês. Outros R$ 65 milhões até o final do ano que vem.

Mais detalhes nos sites do Correio Braziliense e do G1. 



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