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Deputada Tia Eron. Foto: site Correio Braziliense |
A
votação do relatório que pede a cassação do mandato do presidente afastado da Câmara,
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), marcada para a quarta-feira, pode alterar de vez a
correlação de forças na Casa com reflexos na base governista do presidente
interino Michel Temer.
A imprevisibilidade do resultado — o destino de Cunha
está nas mãos da deputada Tia Eron (PRB-BA) — também mergulha o cenário
legislativo na incerteza, em um momento em que o Planalto comemora a
rearticulação dos aliados, após duas vitórias expressivas na Câmara: a
alteração do limite da meta fiscal e a prorrogação da Desvinculação dos
Recursos da União (DRU).
Tia Eron tem dito, em entrevistas e conversas com
aliados, que a pressão exercida pelos eleitores será maior do que a promovida
pelos seus pares. E que votará de acordo com a própria consciência, levando em
conta as provas que constam na investigação sobre a existência de contas em
nome de Cunha no exterior, objeto do pedido de cassação do peemedebista em
análise no Conselho de Ética.
Se ela ficar favorável a Cunha, decide a disputa
por 11 a 9. Se votar pela cassação, o placar apontará 10 a 10 e o voto de
minerva caberá ao presidente do colegiado, José Carlos Araújo (PR-BA) —
desafeto declarado do presidente da Casa. Caso seja aprovada a cassação no
Conselho, o relatório será analisado no plenário.
Com votação aberta, em pleno
ano eleitoral, as chances de Cunha de escapar da cassação diminuem, mas ele
ainda conta com uma tropa de choque fiel e alinhada.
Mais detalhes em Correio Braziliense.
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