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sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Economistas divergem em relação ao pedido de impeachment

Foto:Rodrigo Denúbila
 A abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff gerou um leve sinal de recuperação no mercado financeiro. Na última quinta-feira, 3, um dia após o acolhimento da proposta, a bolsa de valores de São Paulo fechou em alta de 3,58% e o dólar encerrou o dia em queda 2,26%, cotado a R$ 3,74. No entanto, analistas financeiros divergem em relação ao desfecho do processo. Para alguns, o alívio pode ser passageiro e, ao fim do processo, a economia do país pode sair ainda mais combalida e instável. Outros acreditam que a saída de Dilma é imprescindível para que a economia do país retome seu rumo. Em entrevista ao jornal El País, o economista André Perfeito afirmou que o alívio de tensão no mercado se deu porque Dilma acabou se tornando a “personificação da crise”. “De fato, a presidente acaba se tornando a personificação da crise política, então a sua saída é vista como uma boa notícia. Como a crise atual é mais política do que econômica, um impeachment aumenta a possibilidade de que finalmente o ano de 2014 acabe, porque o de 2015 nem existiu.” Já o analista de conjuntura do Instituto de Economia da Unicamp, André Biancarelli, acredita que o processo somente trará mais incerteza ao país, o que afasta ainda mais os investidores. “Tocar para frente um processo de impeachment, sob essa justificativa, seria uma irresponsabilidade sem tamanho. Não vejo como trocar o presidente possa melhorar o cenário do ponto de vista econômico. Qualquer presidente encontraria o Brasil em uma situação já conflagrada. E essa instabilidade política tem um fator que piora decisão de investimento”, disse em entresvista ao jornal Globo. Qualquer que seja o desfecho, todos concordam que a análise do processo deve ser rápida, pois com ou sem Dilma, a votação de importantes pautas no Congresso não pode parar. “Temos a aprovação da CPMF, da DRU (Desvinculação das Receitas da União) que podem acabar ficando em segundo plano devido ao foco no processo. A economia já está derrubada. A repercussão do processo em si num primeiro momento não será grande, já que o quadro já é de paralisia há algum tempo”, disse ao Globo, o economista Paulo Levy, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) 







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