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segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Presídios adotam alas LGBT para reduzir casos de violência contra homossexuais

Alas exclusivas para LGBT já funcionam em quatro estados brasileiros



Uma reportagem da Agencia Brasil, divulgada no último final de semana, mostrou que as penitenciárias brasileiras estão, cada vez mais, adotando medidas para evitar a violência contra os homossexuais. Segundo a matéria, uma das soluções tem sido a criação das alas exclusivas para LGBT - lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e trangêneros-, que já funcionam em quatro estados – Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraíba e Mato Grosso.

 Em Minas Gerais, a adoção de um espaço separado para abrigar a população LGBT existe desde 2009 no Presídio de São Joaquim de Bicas e desde 2012 no Presídio de Vespasiano. O trabalho da Coordenadoria Especial de Políticas de Diversidade Sexual de Minas Gerais foi fundamental para a aplicação dessa prática.


 “A ideia é tirar essas pessoas do convívio dos presos, porque havia denúncias de maus tratos, além da necessidade de oferecer a elas um tratamento apropriado”, explicou o subsecretário de Administração Prisional, Murilo Andrade. Para a chefe da Coordenadoria de Diversidade Sexual de Minas Gerais,  Walkíria La Roche, o problema é ainda maior e trata-se de uma questão de saúde. Segundo ela, os homossexuais e travestis abusados sexualmente nas prisões acabam contraindo doenças sexualmente transmissíveis e, consequentemente, transmitindo a outros homens no ambiente carcerário.


Para Toni Reis, da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), a criação de alas separadas nos presídios não é o ideal, mas pode ser uma medida válida para resolver um problema imediato. “Achamos que as pessoas não deveriam ser segregadas, mas por causa de toda a violência, isso acaba acontecendo para preservá-las.”, ressalta o coordenador. 

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