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terça-feira, 26 de novembro de 2013

Projeto de lei que proíbe culto afro-religioso causa polêmica em São Paulo



Contrariando a Constituição Brasileira que garante livre prática de culto religioso, tramita na Assembleia Legislativa de São Paulo um projeto de lei que pretende proibir o sacrifício de animais em práticas de rituais religiosos no estado. O texto prevê multa R$ 5,2 mil para quem não cumprir o acordo.

A proposta tem provocado protestos do presidente do Fórum de Sacerdotes do Estado de São Paulo e do Instituto Nacional de Defesa das Tradições de Matriz Afro Brasileira, Tata Matâmoride. "Já entramos em contato com o presidente da Assembleia para informar que esse projeto é inconstitucional." Ele cita o artigo 5° da Constituição, que estabelece que "é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e suas liturgias".

 Autor do projeto, o deputado Feliciano Filho (PV) reconhece que a ideia é polêmica, mas afirma que "a liberdade de culto vem depois do crime de crueldade".  Ele estima que os contrários ao projeto são uma minoria. "Não sei de onde virá a pressão, só sei que é uma minoria. Tem de valer o interesse da sociedade. Não pode valer o interesse de classe. Não queremos cercear a liberdade de culto", afirmou o deputado.



 O projeto, que deve ser votado ainda este ano, já foi motivo de vários protestos em todo o país. Segundo os representantes do Fórum Interreligioso da Secretaria de Estado da Justiça e do Comitê de Cultura de Paz da Assembléia Legislativa, a proposta é uma retaliação as religiões de matrizes africanas. 

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