Aécio Neves (Foto: Divulgação) |
O senador e presidente do PSDB, Aécio Neves (MG), disse nesta
terça-feira (22) que é preciso "reestatizar" a Petrobras e que, em um
eventual governo tucano, a petroleira não entraria do que chamou de
"disputa ideológica". Ele discursou no Senado para criticar o leilão
do campo de Libra, realizado nesta segunda (21), e o modelo de partilha
utilizado pelo governo no certame.
A área de Libra, na região do pré-sal da bacia de
Santos, foi arrematada por um consórcio formado, além da Petrobras, pelas
empresas Shell (20%), Total (20%), CNPC (10%) e CNOOC (10). A Petrobras terá a
maior participação do consórcio, 40%, sendo 30% garantido pelo edital e outros
10% anunciados durante o leilão.
Único a apresentar proposta, o consórcio ofereceu
repassar à União 41,65% do excedente em óleo extraído do campo, percentual
mínimo fixado pelo governo no edital – nesse leilão, pelo chamado de regime de
partilha, vencia quem oferecesse ao governo a maior fatia de óleo.
Aécio Neves, que poderá disputar as eleições presidenciais em
2014, defendeu o sistema de concessões e disse que o governo, ao adotar o
regime de partilha, "se preocupou com um viés absolutamente
ideológico".
O senador afirmou que, com o leilão de Libra, o governo
do PT "fez a maior privatização de toda a história brasileira". Ele
citou a perda de 34% do valor de mercado e o endividamento da petroleira que,
segundo ele, saltou de R$ 49 bilhões para R$ 176 bilhões de 2007 para 2013.
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