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terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Liberação da maconha divide opiniões no Brasil

Você é contra ou a favor da legalização?



Enquanto no Uruguai a regulamentação da maconha ganha tratamento de política pública, no Brasil a discussão está longe de receber impulso oficial. Mas o assunto ganha as ruas, e a força do antagonismo entre prós e contras também. Os dois lados são capazes de enxergar perspectivas completamente opostas em relação, por exemplo, ao futuro do tráfico de drogas. Um comércio estruturado desmantelaria os pontos de tráfico ou reforçaria a venda paralela, que fugiria dos impostos? Essa é uma das incertezas.

 O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso tornou-se um grande defensor da liberação, com manifestações em artigos, palestras e programas na TV. FHC também foi um dos primeiros a declarar adesão à política oficial de drogas na iminência de ser adotada pelos uruguaios.

 O maior temor das vozes que tentam desestimular abordagens inspiradas na iniciativa inédita do governo José Mujica é a possível amplificação de um problema de saúde pública. O acesso facilitado cria as condições para viciar um número maior de pessoas  e abre as portas para o envolvimento de um número maior de usuários com drogas mais pesadas. Críticos como o psiquiatra Ronaldo Laranjeira, coordenador da Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas na Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Estado de São Paulo, definem a iniciativa como "aventura" com consequências imprevisíveis para a saúde pública.

 Os que são contra a legalização afirmam que a maconha legalizada impulsionaria o consumo de entorpecentes no Brasil, em um movimento capaz de fortalecer redes de traficantes e impactar a saúde pública - principalmente entre os mais jovens. Em resumo, este é o argumento das vozes que se posicionam de forma contrária a qualquer projeto semelhante ao proposto no Uruguai.


 Para a jornalista Soninha Francine, candidata a prefeita de São Paulo pelo PPS nas eleições de 2012, o modelo adotado pelo Uruguai é a melhor forma de controlar o uso da droga. “Incluir a erva em um regime de produção agrícola, com normas, rotulagem, controle acabaria com uma serie de problemas ligados ao tráfico. A repressão policial não vai vencer a guerra contra as drogas. A história já nos mostrou isso”, defende Soninha. 




Fonte: UOL

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