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sexta-feira, 6 de junho de 2014

Celpa tem 90% dos medidores reprovados em testes

 Imetropará vai inaugurar novo laboratório para aferição à vista do consumidor (Foto: Ascom Inmetro)


A cada dez medidores de energia elétrica aferidos pela Celpa, sob a supervisão do Instituto de Metrologia do Pará (Imetropará), nove apresentam defeito. No ano passado, 1.682 equipamentos foram testados pelos órgãos competentes, sendo que cerca de 90% deles foram reprovados. Os principais defeitos detectados são engrenagem serrada, aparelho com base de alumínio furada, bobina de potencial quebrada, solda defeituosa do equipamento e vestígios de aquecimento.

Nos últimos meses, o serviço de vistoria foi suspenso pela Celpa, o que resultou em um acúmulo de 19 mil medidores aguardando aferição. As verificações nos aparelhos que anteriormente eram feitas dentro da própria Celpa, em um laboratório modesto, a partir do próximo mês serão realizadas no Imetropará, já que o órgão recebeu ontem a certificação do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) para aferição dos equipamentos.

Fonte: ORMNews

Um comentário:

  1. Em resposta a publicação acima, a Celpa informa que assinou um convênio com o INMETRO para possibilitar que a avaliação dos medidores que apresentem indícios de adulteração por terceiros seja feita em laboratório credenciado, conforme determina a Resolução da ANEEL.

    Esta medida estava prevista no Termo de Ajustamento de Conduta assinado entre a Celpa, o Ministério Público e Procon/PA. O objetivo é garantir aos consumidores a confiabilidade e transparência no processo de verificação de medidores em que seja constatada alguma intervenção indevida.

    A concessionária está combatendo o furto de energia, pois aproximadamente 35% da energia consumida no Pará não é faturada, sendo um dos motivos a adulteração dos equipamentos de medição. Esse processo de fiscalização prevê a inspeção do medidor pela concessionária e avaliação final por laboratório credenciado. Os medidores que são encaminhados ao INMETRO para verificação são aqueles que, em campo, apresentaram algum indício de irregularidade. Desses, 90% são reprovados, pois apresentam intervenções indevidas, ou seja, foram adulterados com o intuito de diminuir ou interromper a medição, o que caracteriza furto de energia.

    As principais irregularidades detectadas são engrenagem serrada, aparelho com base de alumínio furada, bobina de potencial quebrada, solda defeituosa do equipamento e vestígios de aquecimento, todos ocasionados por intervenções não autorizadas pela concessionária. O consumo irregular e a adulteração do sistema de medição é crime previsto no Código Penal Brasileiro, que pode levar à reclusão e pagamento de multas, além de colocar em risco a vida das pessoas.

    Durante o processo de inspeção pela concessionária, no caso de suspeita de irregularidade, o medidor é removido e substituído por um novo. O medidor retirado é colocado em um saco transparente, lacrado, que é encaminhado ao Inmetro. O cliente fica com um comprovante e será comunicado para acompanhar a avaliação do INMETRO. Os valores relativos ao consumo não registrado pelos medidores com adulteração serão cobrados do cliente, pela concessionária, após a emissão do laudo do INMETRO que comprove a irregularidade. É importante esclarecer que tudo isso está previsto nos artigos 129 a 132 da Resolução 414/10 da ANEEL.

    A Celpa reforça ainda que todos os medidores de energia utilizados pela concessionária são certificados pelo INMETRO, conforme determina a legislação vigente, o que significa confiabilidade em relação à aferição.

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