14 detentas do do CRF prestaram o vestibular IFpa em 2013 (Foto: Carlos Eduardo Barros) |
Um grupo de 20 internas do Centro de Recuperação Feminino (CRF), localizado no bairro do Coqueiro, farão parte de um projeto piloto da Defensoria Pública do Estado, em parceria com o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA), que prevê a criação de uma sala especial com curso preparatório para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e o processo seletivo do próprio IFPA. Para ser implantado, o projeto aguarda a adesão de bolsistas da instituição, que atuarão como professores.
O defensor público de Execução Penal, Carlos Eduardo Barros da Silva, disse que também aguarda decisão do IFPA sobre futuras parcerias com o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). O Pronatec atende indivíduos que cumprem pena no Sistema Penitenciário em regime fechado, os privados de liberdade em regime aberto e semi-aberto, egressos de casas penais e adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas.
Waldinete Rolim, pró-reitora de Extensão Substituta do IFPA, se reuniu com representantes da Superintendência do Sistema Penitenciário (Susipe) e da Defensoria Pública, para tratar sobre a assinatura de acordo de cooperação, a fim de implementar o projeto de extensão nas unidades prisionais do Estado, gerando oportunidade de estágio supervisionado aos acadêmicos do IFPA. “Nossa ideia é valorizar a condição daquela interna que busca uma oportunidade de estudar e entrar no mercado de trabalho”, ressaltou o defensor Carlos Eduardo Barros da Silva.
Segundo ele, para ter acesso a essa qualificação a detenta precisa, necessariamente, ser reeducanda do sistema semi-aberto e ter bom comportamento. O cursinho preparatório poderá funcionar aos finais de semana, para não atrapalhar o curso regular já ofertado pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc). “Se esta experiência der certo, poderemos expandir para outras unidades”, destacou o defensor.
Estudar representa o acesso à remição de pena. A cada 12 horas de estudo será reduzido um dia na pena a ser cumprida. O defensor geral Luís Carlos Portela frisou que os projetos voltados à melhoria do sistema penal devem ser incentivados. Em 2013, o Núcleo de Execução Penal da Defensoria conseguiu a isenção de taxa de vestibular para 14 detentas.
Fonte: Agência Pará
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