web stats

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Juristas avaliam caso dos dois rapazes acusados da morte de cinegrafista

Caio (C), suspeito de soltar o rojão, foi preso na última quarta-feira na Bahia (Tânia Rêgo/Agência Brasil - 12/2/14)
Caio (C), suspeito de soltar o rojão, foi preso na última quarta-feira na Bahia

O Ministério Público do Rio de Janeiro deve decidir até sexta-feira se oferecerá denúncia à Justiça contra Caio Silva de Souza e Fábio Raposo, suspeitos de terem lançado o rojão que matou Santiago Andrade, cinegrafista da TV Bandeirantes. O delegado Maurício Luciano de Almeida indiciou os dois jovens por crime de explosão e por homicídio triplamente qualificado — motivo fútil, emprego de explosivo e sem possibilidade de defesa da vítima.

O inquérito entregue ao MP fluminense na última sexta-feira define que Caio e Fábio agiram com dolo eventual, ou seja, que assumiram o risco de matar, ainda que não tivessem essa intenção. Ambos estão presos temporariamente no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, Zona Oeste do Rio.

Jonas Tadeu Nunes, advogado dos dois suspeitos, assim como especialistas ouvidos pela reportagem, no entanto, discordam do enquadramento. “Homicídio qualificado não foi. O que aconteceu foi lesão corporal, resultante de negligência e imprudência, seguida de morte”, definiu Nunes ao Correio, antes do indiciamento, quando o delegado já havia sinalizado qual seria a acusação.

O advogado também não acredita que tenha havido crime de explosão. “Explosão, para mim, é dinamite, granada… Se ele (rojão) fosse considerado explosivo, não seria vendido livremente e deveria ser fiscalizado pelo Exército”, completou.

Fonte: Correio Braziliense



Nenhum comentário:

Postar um comentário