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terça-feira, 8 de abril de 2014

Recusa das famílias deixa PA na rabeira da doação de órgãos

Foto: Ray Nonato


Mesmo com os avanços na estrutura, na pesquisa e no conhecimento na área de transplantes, um fator subjetivo ainda puxa para baixo as estatísticas de doações de órgãos no Pará. No ano passado, em 31% dos casos notificados de morte cerebral, quando é possível a retirada de órgãos e tecidos, houve negativa das famílias à captação. Apesar do índice ser um pouco inferior ao de 2012 (35% de recusa), ele ainda é preponderante para que o Estado amargue as últimas posições na média de doadores efetivos por população. A média paraense é de apenas 2,5 doadores a cada 1 milhão de habitantes.

É o quarto menor percentual dentre as 23 unidades da Federação que mantêm estatísticas sobre o tema com número proporcionais. A média paraense só é superior aos registros do Maranhão (0,3), Alagoas (1,0) e Sergipe (1,5). Já na outra ponta aparece o Distrito Federal, com indicador 13,5 vezes superior a marca paraense: 33,1 por milhão de habitantes. Essa baixa proporção contribui para o índice nacional também ficar bem distante da meta estabelecida pelo governo de 20 doadores por 1 milhão de habitantes em 2017. Atualmente, o percentual do Brasil é de 13,3 por milhão de pessoas.

Os resultados são do último registro da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO). Segundo os responsáveis pelo levantamento, os grandes problemas do alto índice de negativas das famílias ainda são a falta de informações e a falta de conversas sobre o assunto no núcleo familiar. Dados da pesquisa revelam que o número de doadores identificados no Estado não se alterou no ano passado - 133 casos nos dois últimos anos - e a queda dos vetos das famílias à captação de órgão foi muito baixa - de 47 em 2012, para 36 em 2013. Em todo o Brasil, a pesquisa até revela um aumento de 10%, mas a taxa de recusas deu um salto de 42% para 47%, entre os dois períodos.

Fonte: ORMNews

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