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quinta-feira, 24 de abril de 2014

Relembre o caso do índio Gaudino




O índio pataxó Galdino Jesus dos Santos, 45 anos, foi queimado por uma brincadeira de 5 jovens da classe média de Brasília (um menor, Max Rogério Alves, Antônio Novély Cardoso de Vilanova, Tomás Oliveira de Almeida e Eron Chaves de Oliveira) em 20/04/1997.

Relatos afirmam que por volta das 5h da manhã o índio Galdino dos Santos acordou como corpo em chamas e foi socorridos por populares que passavam pelo local, asa sul de Brasília. Chegou no Hospital com 95% do corpo queimado e morreu no dia seguinte, em 21/04/1997.

O índio não resistiu as queimaduras e morreu no dia seguinte  (Foto: Divulgação)

Os acusado foram identificados horas após o ocorrido e foram encaminhados à delegacia. Foram condenados pelo homicído qualificado do índio Galdino dos Santos, os maiores de de idade a 14 anos de prisão e o único menor foi para febem. Porém, por pertencentes a famílias de grande poder aquisitivo e influência, desde a prisão os criminosos contaram com regalias a que nenhum outro preso comum tinha direito. Apesar das críticas efetuadas pela promotora Maria José Miranda, que acompanhou o processo nos primeiros cinco anos, os quatro rapazes detidos tinham direito a tomar banho quente e manter cortinas em suas celas, além de ficarem de posse da chave da própria cela. Por uma causa misteriosa que nunca foi revelada, a promotora pediu afastamento do caso pouco tempo antes do julgamento.


O menor de idade envolvido no crime foi encaminhado para o centro de reabilitação juvenil do Distrito Federal. G.N.A.J. e ficou preso apenas por três meses, apesar de ter sido condenado a um ano de reclusão. Os outros quatro foram condenados, em 2001, a 14 anos de prisão em regime integralmente fechado por homicídio doloso. Pela gravidade do crime não teriam direito a determinados benefícios, mas, já no ano seguinte receberiam autorização para exercer funções administrativas em órgãos públicos. Três dos cinco rapazes chegaram a ser flagrados pela imprensa local se dirigindo em carro próprio até o presídio sem passar por qualquer tipo de revista, após namorar e ingerir bebida alcoólica em um bar.


Em agosto de 2004, os quatro rapazes já se encontravam sob livramento condicional. Esse benefício foi recepcionado pela opinião pública como um atestado do "caráter volúvel do Poder Judiciário frente à força político-econômica" e que revoltou os familiares do índio assassinado. A mídia também noticiou a concessão do benefício, apesar de previsto em lei, como "certeza da impunidade" para um crime considerado hediondo pela legislação brasileira.


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