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O preconceito do mercado com os evangélicos caiu por terra quando as cifras do mundo gospel começaram a se multiplicar na mesma velocidade de templos e fiéis. Com investimento maciço em comunicação, os crentes — assim chamados, embora nem todos gostem da expressão — passaram a ser vistos e ouvidos e, na última década, se consolidaram como o segmento religioso que mais cresce no país, alicerçado em muita fé e dinheiro.
Por ano, estima-se que sejam abertas 14 mil igrejas evangélicas no Brasil. De Bíblia na mão, oratória afinada pastores fincam púlpitos em pequenos imóveis de esquina ou erguem imensos templos luxuosos de norte à sul. O mercado evangélico no Brasil, com 42,3 milhões de adeptos, 60% deles da linha pentecostal, liderada pela Assembleia de Deus, faz girar cerca de R$ 15 bilhões por ano em diversos segmentos.
É o mesmo volume movimentado pelo turismo religioso no país. A estimativa, incluindo dados de gravadoras e editoras, é da organização do maior salão gospel da América Latina, realizado todos os anos em São Paulo. O segmento gospel é o principal responsável pela sobrevida da indústria fonográfica. Muito menos suscetíveis à pirataria e ao compartilhamento de áudios pela internet — devido aos princípios dos fiéis —, CDs e DVDs cristãos estão sempre entre os mais vendidos, girando algo em torno de R$ 500 milhões anuais.
Não à toa, a Sony Music criou, em 2010, um selo específico para a música evangélica no Brasil, blindada de ventos impetuosos que assombram o mercado tradicional.
Fonte: Correio Braziliense
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