Protesto marca um ano da tragédia da boate Kiss (Foto: Divulgação) |
Protesto marca um ano da tragédia na boate Kiss (Foto: Divulgação)
Às 3h, horário em que teve início o incêndio que matou 242 pessoas na Boate Kiss, lágrimas, indignação e um buzinaço marcaram um ano da tragédia que comoveu o Brasil em 2013. Cerca de 500 pessoas participaram do ato, que começou na madrugada desta segunda-feira (27/1) em Santa Maria, em frente ao prédio onde funcionava a casa noturna. E enquanto familiares e amigos relembram com tristeza a perda de entes queridos, uma investigação, compilada em cerca de 11 mil páginas, continua com questões pendentes. Famílias seguem sem indenização, sobreviventes com problemas de saúde e ninguém preso. A tragédia é considerada a maior em número de mortes nos últimos 50 anos no país.
Antes do protesto, os participantes pintaram no asfalto a silhueta de 242 corpos, representando cada uma das vítimas da tragédia, cobrindo quase que completamente o chão da Rua dos Andradas. Um grande coração branco foi pintado na frente da entrada da danceteria. Ali os familiares das vítimas depositaram uma rosa branca e velas acesas.
Foi montado um painel com fotos da vitimas (foto: Divulgação) |
Dentro de uma programação iniciada na semana passada, na tarde de hoje, os nomes das vítimas serão lidos um a um, na praça central da cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, onde estava localizada a boate. "Teremos um culto ecumênico. Então eu acredito que a leitura dos 242 nomes dos falecidos irá nos afetar muito. Vai ser muito forte isso", diz Adherbal Ferreira, pai de Jennefer.
A filha dele tinha 22 anos na época do incêndio e estava prestes a terminar o curso de Psicologia. Foi o próprio pai que a levou de carro para a festa. Horas depois, a jovem perdeu a vida na boate. Ferreira é presidente da Associação de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria. Sua organização preparou para o último fim de semana uma conferência chamada Novos Caminhos, onde foi discutida a questão da segurança em centros de entretenimento e comerciais, para evitar que situações como a que levou seus entes queridos se repitam. O encontro também foi marcado por homenagens e depoimentos de familiares das vítimas.
Gritos, fumaça e dor
Por volta das 3h do dia 27 de janeiro de 2013, o vocalista da banda de música regional "Gurizada Fandangueira" levantou um sinalizador para efeitos pirotécnicos que incendiou o local. Havia mais de mil pessoas no local, num espaço que comportava no máximo 700. O fogo do sinalizador atingiu o forro sintético do teto. Pedaços começaram a se desprender e a cair no chão. Sem extintores de incêndio que funcionassem, com apenas duas portas frontais de saída e com uma multidão tentando escapar, o incidente rapidamente se tornou uma tragédia.
A filha dele tinha 22 anos na época do incêndio e estava prestes a terminar o curso de Psicologia. Foi o próprio pai que a levou de carro para a festa. Horas depois, a jovem perdeu a vida na boate. Ferreira é presidente da Associação de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria. Sua organização preparou para o último fim de semana uma conferência chamada Novos Caminhos, onde foi discutida a questão da segurança em centros de entretenimento e comerciais, para evitar que situações como a que levou seus entes queridos se repitam. O encontro também foi marcado por homenagens e depoimentos de familiares das vítimas.
Gritos, fumaça e dor
Por volta das 3h do dia 27 de janeiro de 2013, o vocalista da banda de música regional "Gurizada Fandangueira" levantou um sinalizador para efeitos pirotécnicos que incendiou o local. Havia mais de mil pessoas no local, num espaço que comportava no máximo 700. O fogo do sinalizador atingiu o forro sintético do teto. Pedaços começaram a se desprender e a cair no chão. Sem extintores de incêndio que funcionassem, com apenas duas portas frontais de saída e com uma multidão tentando escapar, o incidente rapidamente se tornou uma tragédia.
Fonte: Correio Braziliense
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