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quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Susipe garante tratamento para internas com dependência química

O Centro de Recuperação Feminino em Ananindeua, já conta com atendimento semanal para internas com
dependência química (Foto: Jonas Pessoa/ SUSIPE)


O Centro de Recuperação Feminino (CRF), em Ananindeua, na região metropolitana de Belém, já conta com atendimento semanal para internas com dependência química. A iniciativa é do projeto “Consolidar redes e re-significar vidas”, executado pela Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe) e Prefeitura de Ananindeua, com o objetivo de garantir assistência especializada para as presas dentro da própria unidade prisional.

Segundo a diretora do CRF, Carmen Botelho, a Prefeitura de Ananindeua forneceu os profissionais da equipe especializada no atendimento psicossocial em casos de uso de álcool e drogas, cabendo à Susipe garantir o espaço e um psiquiatra. “O projeto contempla o acesso à saúde para as internas. A existência de uma equipe para tratamento de dependência química dentro do CRF facilita a questão de logística do transporte, além de possibilitar um atendimento personalizado, permitindo que a interna não se sinta discriminada”, diz.

Os atendimentos são feitos por demanda espontânea ou por encaminhamento para tratamento clínico. A equipe multidisciplinar do projeto é formada por psicólogo, psiquiatra, fisioterapeuta e enfermeiro. A equipe também tem o apoio de um farmacêutico, que viabiliza as demandas de medicação do CRF junto à Secretaria Municipal de Saúde de Ananindeua.

"Quando a interna chega para receber atendimento, ela é recepcionada por um dos membros da equipe multidisciplinar para o procedimento de triagem, no qual é verificado o grau de dependência química que a pessoa apresenta ou se é um problema de questão orgânica, não relacionado à dependência química. Após esse processo, a equipe multidisciplinar faz um estudo de caso de cada uma das internas que foram atendidas na triagem, a fim de elaborar um tratamento individualizado para cada pessoa", explica a psicóloga do CRF, Margareth Correa.

O atendimento ocorre na unidade prisional duas vezes por semana, pela manhã. Ao todo, mais de 40 mulheres já foram atendidas. Segundo a psicóloga do CRF, todos os procedimentos seguem as orientações estabelecidas pelo Ministério da Saúde. “O acolhimento é o primeiro passo do atendimento, pois é o momento em que a interna desabafa sobre sua história de vida. Elas passam a se sentir melhor quando fazem estes relatos. As detentas inclusive chegam a falar para as outras sobre o serviço. Não é possível ressocializar alguém sem que essa pessoa reflita sobre o seu proceder. E isso estamos buscando viabilizar”, relata.

Segundo o titular da Susipe, André Cunha, está previsto no projeto da Cadeia Pública Jovens-Adultos, no complexo Penitenciário de Santa Izabel do Pará, a construção de um módulo destinado exclusivamente para o tratamento de dependentes químicos. A nova cadeia terá 603 vagas. A obra está orçada em mais de R$ 16 milhões. “Esta será a primeira unidade prisional específica para atendimento a usuários de drogas no Pará. Hoje, mais de 38% da população carcerária têm entre 18 e 24 anos, e grande parte é usuária de drogas. Este é um público que precisa de um tratamento diferenciado”, conclui.

Fonte: Agência Pará

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