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segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Detentos cultivam plantas e flores para borboletário do Mangal das Garças

Renato Monteiro é um dos ex-presidiários que seguiu a profissão de jardineiro após passar pelo projeto “Transformando Vidas”  (Foto: Jonas Pessoa/ Ag. Pará)



Na Colônia Penal Agrícola de Santa Izabel, unidade prisional de regime semiaberto, um grupo de seis internos desempenha um trabalho especial: eles são responsáveis pelo cultivo de mudas de folhagens e flores que servem de alimento às borboletas e lagartas do Borboletário do Mangal das Garças. A ação faz parte do projeto “Transformando Vidas”, fruto de um convênio que existe há oito anos entre a Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe) e a Organização Social Pará 2000, entidade responsável pela administração do Mangal das Garças, Hangar e Estação das Docas.

Os internos trabalham diariamente no viveiro de mudas, onde cultivam 18 espécies diferentes de folhagens e flores para alimentação das borboletas. Dentre as folhagens estão a couve e bananeira-de-salão. Já entre as flores são cultivadas: cravos, titônias, gervões e asclépias. Cada espécie de lagarta se alimenta de uma folhagem específica e com as borboletas acontece o mesmo, por isso a necessidade de uma variedade de flores. As espécies de borboletas mais comuns são Monarca, Capys, Áscia, Battus e Agralis.


Na Colônia Penal Agrícola de Santa Izabel, unidade prisional de regime semiaberto, um grupo de seis internos desempenha um trabalho especial: eles são responsáveis pelo cultivo de mudas de folhagens e flores que servem de alimento às borboletas e lagartas do Borboletário do Mangal das Garças

Em média, são cultivadas cerca de 600 mudas de plantas por mês, sendo que a quantidade de cada espécie varia de acordo com a demanda do Mangal das Garças. O transporte das mudas ocorre uma vez por semana pela equipe da Pará 2000, que se dirige até a unidade prisional para receber os vasos com mudas e as folhagens.

Devido à concentração de plantas na unidade prisional, algumas espécies de borboletas nativas da flora do entorno da Colônia Agrícola se dirigem até o local para se alimentar das flores e depositar ovos. Os internos realizam a coleta dos ovos e das lagartas no viveiro de mudas da Colônia, que também são entregues à equipe da Pará 2000. Em média, são coletadas 500 lagartas e 60 ovos por mês na unidade.



Todos os internos participantes do projeto passam por seleção psicossocial, são remunerados e recebem o benefício da remição de pena, que consiste na redução de um dia de prisão para cada três dias trabalhados. André Barreto já está preso há quase 7 anos e cumpre pena no regime semiaberto. Logo que chegou à Colônia Agrícola, o interno trabalhou na horta e com oito meses participando do projeto já vê a atividade como uma alternativa para gerar renda.

Fonte: Agência Estado

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