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terça-feira, 11 de março de 2014

Adolescente passou por cirurgia para reparar lesões causadas no crime (Foto: Abinoan Santiago/G1)
A menina mostra a marca da ciruria para reparação do útero (Foto: Abinoan Santiago/G1)


Uma jovem de 13 anos, moradora do bairro Pacoval, na Zona Norte de Macapá, diz que ainda tenta esquecer o que viveu na madrugada de 7 de fevereiro de 2014. Nesse dia, ela foi estuprada por quatro homens e esfaqueada ao menos 16 vezes, em uma área de ponte no bairro onde mora. Os homens chegaram a introduzir um cabo de vassoura na genitália da vítima, arrastando-a até o quintal de uma casa. Se fingindo de morta, a jovem conta que esperou alguns minutos até conseguir chamar a atenção de um morador e pedir socorro.

Depois de ficar internada por duas semanas no Hospital de Emergências (HE) da capital, a adolescente voltou para casa e acredita que 'foi um milagre' a própria sobrevivência. "Eu ainda choro quando lembro do que aconteceu, e penso que foi um milagre não ter morrido com tudo isso. Agora, eu só quero esquecer", resumiu a menina, ainda muito abalada com o caso.
Menina mostra marcas das facadas levadas pelo corpo (Foto: Abinoan Santiago/G1)
A menina marcada pela violência mudou não tem mais vontade de brincar
(Foto: Abinoan Santiago/G1)


De acordo com a Polícia Civil, dos quatro suspeitos de terem cometido o crime - entre eles um menor de idade - três estão detidos e um segue foragido. Os adultos devem ser responsabilizados por estupro e tentativa de homicídio, e o adolescente vai responder por ato infracional.

O quarteto teria estuprado e esfaqueado a menina por 16 vezes, conforme apontou o inquérito policial, que já foi encaminhado ao Ministério Público do Estado do Amapá (MP/AP). Um cabo de vassoura ainda foi deixado pelos homens na genitália da garota, provocando uma lesão no útero dela. A menina teve que fazer no mesmo dia do crime uma cirurgia reparadora na região lesionada.

Os momentos de terror em que jovem passou não saem da memória dela, algo que a deixa emocionada quando relembra do que aconteceu.

"Eu lembro deles me dando facadas, e depois me arrastando para trás de uma casa. Eles só pararam quando eu me fingi de morta. Nesse momento, todos fugiram e eu consegui pedir ajuda ao dono do local onde me largaram", relatou a adolescente.

A menina contou que nunca havia visto nenhum dos quatro suspeitos. Ela os conheceu somente na noite do crime, quando aceitou o convite de duas amigas para ir a uma casa no mesmo bairro, onde aconteceria uma festa. Na ocasião, a vítima se recusou a ingerir bebida alcoólica, o que teria provocado a raiva dos suspeitos.

"Me forçaram a beber, mas eu não quis. Acho que foi por causa disso que eles fizeram essas 'coisas' comigo", falou a jovem.

Fonte: G1

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