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quinta-feira, 6 de março de 2014

Um ano após a morte, Chorão é alvo de processos e disputa por bens

Chorão, do Charlie Brown Jr, que morreu no dia 6 de março de 2011 (Foto: Divulgação)

Um ano após a morte de Chorão, processos na Justiça de São Paulo ainda envolvem o nome do cantor do Charlie Brown Jr na disputa pela herança, travada entre o filho e a viúva, e em antigas brigas com outros músicos. Uma agressão de Chorão a Marcelo Camelo, dosLos Hermanos, em 2004, e supostos insultos a Pinguim, ex-baterista do Charlie Brown, em 2009, são temas de ações até hoje não finalizadas.

Chorão foi encontrado morto no dia 6 de março de 2013, em seu apartamento na Zona Oeste de São Paulo. Exame do IML (Instituto Médico Legal) apontou overdose de cocaína.

Filho x viúva
Filho de Chorão, Alexandre, e viúva do cantor, Graziela (Foto: Bruno Gutierrez/G1 (esquerda) e João Sal/Folhapress)
Filho de Chorão, Alexandre, e viúva, Graziela (Foto: Bruno Gutierrez/G1 e João Sal/Folhapress)

O processo de inventário do cantor corre em segredo de Justiça. Um agravo de instrumento, recurso originado dessa ação, no entanto, teve informações divulgadas publicamente no Diário Oficial de São Paulo. O recurso indica uma disputa entre a viúva, Graziela Maria Xavier Gonçalves Abrão, e o filho do cantor com a primeira mulher, Alexandre Ferreira Lima Abrão.

No dia 29 de novembro de 2013, uma decisão registrada no Diário Oficial mostra que Graziela contestou a indicação de Alexandre como herdeiro único dos bens do pai. O desembargador negou o recurso de Graziela e manteve apenas o filho como sucessor legítimo dos bens. A justificativa foi de que Graziela e Chorão eram casados em separação de bens.

Chorão x Los Hermanos
Dez anos depois que Chorão deu uma cabeçada no nariz e um soco no olho esquerdo de Marcelo Camelo, dos Los Hermanos, a desavença continua na Justiça, com algumas reviravoltas. Em julho de 2004, durante voo para Teresina, o líder do Charlie Brown Jr. reclamou de críticas dos Los Hermanos na imprensa. No aeroporto de Fortaleza, aconteceu a agressão a Camelo. Chorão alegou que também foi ameaçado e agredido.

Hoje, os advogados de Chorão cobram os músicos dos Los Hermanos pelo pagamento dos custos de um processo sobre o caso, no qual o cantor teve vitória antes de morrer, e que ainda está aberto.


Marcelo Camelo em reportagem do 'Fantástico' em 2004 sobre briga com Chorão (Foto: Reprodução / TV Globo)
Marcelo Camelo em reportagem do 'Fantástico' em 2004 sobre briga com Chorão
(Foto: Reprodução / TV Globo)
Camelo e a banda entraram com pelo menos duas ações contra Chorão. A primeira foi na Justiça do Rio, por danos morais e materiais. Camelo pediu R$ 250 mil, mais R$ 7.560,76 de despesa médica. No segundo processo, no Tribunal de Justiça de SP, a banda pediu R$ 43 mil para compensar cachês perdidos de dois shows desmarcados por causa da cirurgia.

A primeira decisão deu vitória ao autor de “O vencedor”, mas diminuiu a indenização para R$ 10 mil, mais o custo do tratamento. Chorão recorreu e teve dois triunfos: reduzir a pena para R$ 2,5 mil e metade das despesas, e a declaração de culpa concorrente – ou seja, de que os dois causaram a briga. A decisão foi do desembargador Bernardo Garcez. Chorão pagou os cerca de R$ 6,3 mil reais em 2008, diz ao G1 o advogado que representou o líder do Charlie Brown Jr., Maurício Cury.

Advogados de Camelo alegaram que Garcez não deveria ter julgado a ação, pois foi réu na época em caso parecido. Ele era acusado de acertar o juiz Gabriel Zéfiro com os mesmos golpes do caso de Chorão: um soco e uma cabeçada. A briga no Rio foi tema de matéria de abril de 2004, de "O Globo", com título "Os pitboys do Judiciário". "É completamente incabível que um julgador tenha como reação de um ato uma agressão física, ser réu em uma ação indenizatória em virtude dessa agressão e ainda assim julgar em grau de recurso caso semelhante", disse a parte de Camelo. Mas a decisão foi mantida.

A decisão no Rio de que a briga foi causada pelos dois músicos, não só por Chorão, ajudou o cantor do Charlie Brown Jr. a evitar a indenização em SP.

Fonte: G1

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