Ilustração do julgamento de Suleiman Abu Ghaith (Foto: REUTERS/Jane Rosenberg) |
Um genro de Osama Bin Laden testemunhou inesperadamente nesta quarta-feira (19) em seu julgamento emNova York e negou as acusações de planejar matar americanos.
Casado com Fatima, filha de Bin Laden, Suleiman Abu Ghaith não era esperado para testemunhar no caso, em que é acusado de conspirar para matar americanos e apoiar terroristas.
O kuwaitiano de 48 anos pode ser condenado à prisão perpétua, se for considerado culpado pelo júri. A decisão deve ser divulgada em alguns dias. Abu Ghaith é o suposto membro da Al-Qaeda de mais alto escalão a ser julgado em uma corte federal americana, e não em Guantánamo.
Falando em árabe e traduzido por um intérprete, Abu Ghaith também negou ter tentado recrutar membros para a Al-Qaeda, como os promotores haviam sustentado. "Não há nenhum recrutador, além de Osama Bin Laden. Minha intenção não era recrutar ninguém", afirmou.
Ao ser questionado por seu advogado se já teve a intenção de matar americanos, ele respondeu que não. "Minha intenção era entregar uma mensagem em que eu acreditava", explicou, denunciando a opressão aos muçulmanos.
Apresentando-se como um imã - autoridade religiosa do Islamismo -, ele contou que viajou ao Afeganistão em 2001 para "conhecer o novo governo islâmico". Disse ainda que queria "ensinar e pregar", o que não conseguiu fazer.
Abu Ghaith admitiu ter gravado vídeos a pedido de Bin Laden, que o convocou depois de saber que ele era um imã kuwaitiano.
O suspeito, que perdeu a nacionalidade do Kuwait após os atentados do 11 de Setembro, em 2001, garantiu que nunca se encontrou com Richard Reid.
O britânico Reid tentou explodir um voo entre Paris e Miami três meses depois do ataque e hoje cumpre uma sentença de prisão perpétua nos Estados Unidos. Ele é acusado de ter participado do planejamento do atentado.
Abu Ghaith se tornou conhecido por aparecer junto de Bin Laden e do atual líder da Al-Qaeda, Ayman al-Zawahiri, em vídeos de propaganda da organização, depois dos ataques do 11 de Setembro.
Fonte: G1
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