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quinta-feira, 6 de março de 2014

Tempo instável com excesso de chuvas pode recriar inflação do tomate

Chuvas podem elevar o preço do Tomate  (Foto: Divulgação)





O excesso de chuvas em algumas regiões do país e a seca em outros pontos prejudicaram a produção de hortifrutigranjeiros e contribuíram para o desabastecimento de várias cidades. O desequilíbrio entre a oferta e a procura por tomate, por exemplo, fez o preço da caixa de 20 quilos subir 80%, passando de R$ 50 para R$ 90 nas vendas por atacado nas Centrais de Abastecimento do Distrito Federal (Ceasa). No ano passado, por volta dessa mesma época, o aumento dos preços do produto transformou-o num dos principais vilões da disparada da inflação ocorrida no período. Agora, a situação ameaça se repetir.

O diretor técnico e de Operações da Ceasa, Everaldo Firmino de Lima, explicou que as chuvas prejudicaram parte da produção de tomate em algumas regiões, e quem ainda tinha estoque preferiu vender para estabelecimentos de Rondônia e do Acre em busca de preços mais atrativos. Esses estados sofrem com o desabastecimento ocasionado pelas chuvas, que têm impossibilitado o acesso de veículos.

Pressão
Lima destacou que isso acarretou redução da oferta da fruta no DF, fator que contribuiu para a elevação de preços. O diretor da Ceasa também comentou que outros alimentos, como a vagem, a couve-flor e a batata-doce encareceram, mas, nesses casos, em virtude da entressafra que ocorre tradicionalmente entre dezembro e março.

Em outras regiões do país, como Belo Horizonte, o problema é a seca prolongada. Pierre Vilela, coordenador da Assessoria Técnica da Federação da Agricultura de Minas Gerais (Faemg), explica que muitos produtores do estado que não utilizam a irrigação esperaram as chuvas de janeiro para plantar o tomate, mas, como elas não vieram, desistiram do cultivo. “Por isso, pode haver oscilações no preço até que a oferta seja regulada com o fornecimento do produto vindo de outras regiões”, disse. Em alguns supermercados da capital mineira, o produto subiu mais de 75% em uma semana.

Fonte: Correio Braziliense

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