web stats

terça-feira, 25 de março de 2014

Egito cometeu irregularidades no julgamento de 529 à morte, diz ONU

Apoiadores do presidente deposto foram condenados a morte (Divulgação)


A ONU afirmou nesta terça-feira (25) que a Justiça do Egito cometeu inúmeras irregularidades no julgamento no qual 529 seguidores do presidente depostoMohamed Morsi foram condenados na segunda-feira (24) à morte.

A maioria dos sentenciados nem sequer estavam presentes no tribunal.
"O número de condenados não tem precedente na história recente. A imposição da pena de morte em um julgamento em massa repleto de irregularidades de procedimento viola o direito internacional", declarou nesta terça-feira o porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.

"Não é possível que um julgamento como este, realizado em apenas dois dias, tenha cumprido com os requisitos mais básicos para um processo justo", acrescentou.

Defesa cerceada
Segundo a ONU, três quartos dos acusados não participaram do julgamento, o que impediu seu direito de defesa. Além disso, os advogados dos réus, no caso dos que contavam com um, também tiveram limitações em seu trabalho. O porta-voz explicou que vários sentenciados não tinham advogado e a corte não designou ninguém para a defesa.

No caso dos que tinham um representante legal, os advogados tiveram um acesso "insuficiente" aos réus e não puderam estudar o processo de forma adequada. Além disso, as deliberações dos defensores não foram aceitas pelo tribunal.

As principais acusações que pesavam contra os condenados eram ser membros de uma organização ilegal (a Irmandade Muçulmana), incitação à violência, vandalismo, associação ilegal e o assassinato de um policial.

Fonte: G1

Nenhum comentário:

Postar um comentário